quinta-feira, 18 de novembro de 2021
Com a isca da mentira
terça-feira, 30 de março de 2021
Recortes de um Lockdown
Domingo sem vida
Sala Vazia
O clima é de medo
O corpo fechado, o olhar distante
O descanso da tarde, sufoca
e a pele arde.
Respira, Não pira
Ninguém hoje vai nos encontrar
O céu derrama seu pranto
dentro de casa nos guardamos
evitamos a saudade do que não começou
e cultivamos a certeza de que não acabou.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2021
Os amantes compartilhavam cada instante da vida com tamanha intensidade que ao dormirem abraçados, combinavam de se encontrar no mesmo sonho.
Daniela Machado
terça-feira, 16 de julho de 2019
MIA (astronauta)
quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018
Postagem sem título
quando não tem mais jeito
e ainda dói o peito
do que se perdeu
quando o amor se foi
sem dizer adeus
quando ir embora foi a única saída
pra nos libertar sem medida
o que já nos prendeu
como que não tem mais jeito
como, nunca mais um beijo?
em mim morreu um pedaço que era seu
quinta-feira, 18 de janeiro de 2018
A vida é um sopro
quarta-feira, 10 de janeiro de 2018
Now, touch me, baby
Estava ao lado do violão, com a palheta q vc tocou Doors a noite toda
Você sempre esquecendo suas coisas comigo.
O elástico que prende meu cabelo , também é seu.
Paro concentrada no intervalo das chamas do isqueiro azul
Uma mistura de desejo, ilusão, meia luz e aquela certeza de que eu não deveria
ainda mais com prazo de validade.
Pularemos o carnaval sem amanhã, nem cinzas da quarta-feira
E eu seria engolida pela despedida
Você iria embora no auge do calor
E só de pensar já tá doendo
Queria ser como tú, ligado no "fodas"
E me preocupar só em comprar uma passagem pra ir te ver lá, visitar europa, ver os amigos
falar inglês ou voltar a jogar xadrez
mas enquanto isso eu só me comprometo
Mesmo com medo
Sinto muito sem querer , daí sublimo e vou andar de bicicleta
É que eu nem estava preparada,
O plano nem era esse...
E eu ainda tenho uma ferida aberta.
Mas a gente saiu andando...
Quando percebi ja estava ouvindo Doors todo dia pra acordar
seguido do White Album dos Bealtes
é, me pega
quarta-feira, 13 de dezembro de 2017
Um pequeno e anônimo cemitério com uma pilha imensa de pedras.
É como se fosse necessário arrancar seu coração, pro sangue continuar pulsando.
É incoerente e cruel escolher entre amar ou viver. Sairá destruído em qualquer uma das opções.
Após o rompimento você começa a reunir os cacos que sobraram, e a reconstrução é longa e dolorosa.Um admirável mundo de novas oportunidades começa surgir na sua porta, mas pra vc tudo não passa de uma miragem no meio do deserto. Pra reconstruir todos os cacos que sobraram, é preciso tirar uma força descomunal. É como largar um vício. É combater um inimigo que no fundo você só queria abraçar e beijar. E esse sentimento ambíguo é desesperador. Sendo necessário desenvolver um lado racional rígido e diário pra enfrentar a abstinência. Tem que cortar o sal e o açúcar das palavras, tem que desviar das lembranças, se virar com a ansiedade, acordar e fingir que não sonhou com nada, tem que enganar a saudade, trocar o caminho, mudar de casa, tem que evitar várias músicas e qualquer tipo de dança. Tem que fazer o cérebro entender que tudo foi uma ilusão dele mesmo. E montar na memória um pequeno e anônimo cemitério com uma pilha imensa de pedras.
domingo, 4 de junho de 2017
eu lembrei que hoje foi o seu
aniversário. E que eu não liguei
porque eu não poderia te ligar.
Mas eu senti cada segundo desse dia,
como se fosse o meu dia. E doeu muito
não estar ao seu lado.
sábado, 29 de abril de 2017
Carta ao meu ex narcisista
De lá pra cá, tanta coisa aconteceu.
sexta-feira, 15 de março de 2013
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
por um triz
atravessa a avenida na contra-mão
O carro passa,
O ônibus voa,
a bicicleta toma susto, e xinga àtoa
o homem da sorte grande
leva a vida por um triz
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
De mal com a lua
brilhando
sem a menor consideração,
disperdiçando minhas noites
fúteis
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
ao amor, tão somente
no sentido belo e sem dor
aquele que nasce novo
na velha bossa
e desabrocha
como uma flor
Ah! o amor
regarei tuas folhas
todas as manhãs
te alimentarei do mais puro pão
e o frescor do hortelã
encurtarei as distâncias
prolongarei o tempo
farei-te ceder a qualquer momento
para então, ao final
continuar atento,
vigiar teu sono
e te cobrir de lã.
a esquina do carro que bateu
sem querer fazer alarde
Alto mesmo foi o alarme
do carro que logo cedo bateu
em frente à minha porta.
Deixou a esquina toda torta
e o poste caído no chão.
Devia estar na contra-mão
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Deve ter a ver com o sentido gozado
intenso
absorvente
em cada palavra escrita,
a vontade inibida
e o sentido gozado das coisas que
desmancham no ar.
Preciso correr senão nunca irei chegar
a vontade não espera
atropela.
nos passos escuros,
na tristeza da manhã
e no frio.
Espio nas frestas, um mundo vazio
uso o silêncio pra comunicar
quarta-feira, 8 de agosto de 2012
Do azul de Sylvia Plath
Parar de ficar voando em volta de mim mesma.
Tem vez que a minha ansiedade devora o mundo, só com os olhos. E é tão voraz,
que comer mesmo, que é bom, eu esqueço.
Estou acesa e azul brilhante, vejo no espelho.
Este azul insubstancial da Ariel da Silva Plath, que me consome todo sono da madrugada.
Queria mesmo fazer um samba,
mas não sái nada.
O amor, devo ter deixado em algum canto guardado.
Um dia eu acho.
terça-feira, 7 de agosto de 2012
só para ouvir o som dos dedos no teclado
O poema pro meu amigo:
Deixo correr às sombras, os padrões
enquanto me escondo sob os campos ensolarados
dos antigos sertões
queria eu ser Tão
quem dera eu
ser
terça-feira, 10 de julho de 2012
sem métrica
Releio e penso os velhos textos. Noto nítida evolução da letra- coisa de momento. Tem horas que realmente dá a impressão de fechamento, impermeabilidade, fica drástico. Devo me sentir melhor assim. E valorizar pequenas coisas. Mas fica tudo só na teoria. Preciso mesmo é abandonar a métrica de uma vez por todas. Fico com medo das coisas, assim que acabo de colocá-las no papel. Minhas palavras, não sei pra onde vão. Estrangulo fantasias onipotentes. Pra variar penso em melodias e notas avulsas, aí caio na métrica de novo. Saco!
Cultivo boatos.
Não sei o que fazer exatamente, mas sei que não é bem por aí, como faço. A vontade é de voar com as idéias inoperantes só que sempre chega num ponto que me compromete. É palpitação demais. (não palpitações do coração. palpites mesmo. Alheios)
segunda-feira, 9 de julho de 2012
Recado ausente
a raiz imaculada
e não mais que de repente
ouço pétalas a dançar
no espaço
da quentura do tambor que arde
da imensidão da efêmera tarde
que para sempre em mim
permanecerá
atravessa o vazio
da imensidão da escuridão
solidão de rio
que de tão densa cega o olhar
e passo então a enxergar a alma
dentro e fora o que te acalma
sinto no peito a ânsia de amar
domingo, 8 de julho de 2012
Fases da lua
como os recados desconhecidos
despertam a imaginação
Escondo minha face
temo sair da escuridão
Talvez um dia eu entregue o jogo
ou apenas diga que não
E começo tudo de novo
em outro canto
sem querer olhar pra trás
e sem saber que horas são
Alguma coisa dentro de mim morre um pouco todos os dias.
terça-feira, 3 de julho de 2012
Até os pés saem do chão
quieta solidez que em minha face acalma
um suspiro
um olhar
tranco a porta do vazio
sinto o frio escorrer pela madrugada
a madrugada deveras inacabada
canto o vento e
em um instante
tudo voa em volta de mim
até os pés
saem do chão.
Das eternas mutações
disseram 3 moedas sortidas à mão
qualquer vacilo meu,
seu sacrifício.
Que deixarei prosseguir
diante do grande vão.
O universo do verso da noite
de autor desconhecido
Guardo em mim os fatos ocorridos
e o medo da desilusão.
Porque conhecido mesmo é
o livro das mutações.
Com todas suas denotações
e dores
de antigas paixões.
sábado, 30 de junho de 2012
Sem lado de fora
fico perdida
em cada esquina
Não há saída
que me tire daqui
Em cada esquina
nos 4 cantos
estou atento e
escuto o vento
Sinto a brisa tocar meu rosto fino
Fina dor da flor que desabrochou
e morreu após a 1ª estação
Vou passando e desapareço na multidão
Vou passando e não existo mais
Só a essência
e alguma coisa além
Os olhos seguem grudados no asfalto
Sem lado de fora,
ando pra dentro,
em direção ao centro.
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Das Coisas Pulsantes
domingo, 27 de maio de 2012
Hoje eu pari o mundo
Com os olhos mirando as calçadas
marejadas de dor e suor
Choveu em maio, mais uma vez
Tristezas de outono no inverno
Solidão.
Os óculos escuros seduziam
a escuridão.
Anoitecia, e por detrás dos óculos
Eu me escondia
De mim mesma,
sem qualquer objeção.
sábado, 26 de maio de 2012
Pro Lucas macaco
como as alvuras
impuras
de uma pedra azul
vive lá no aconchego
e chamego
de Ana Paula de Angra nuclear
de onde dá pra enxergar
o cruzeiro do Sul!
sexta-feira, 25 de maio de 2012
terça-feira, 22 de maio de 2012
Monólogo
Mas ninguém se importa, não é mesmo Daniela?
-é mesmo Daniela.
segunda-feira, 14 de maio de 2012
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Minha obra fantasma
Eu contente, te perdoo.
Procuro verdades no seu olhar.
Ouço prazeres mundanos nas esquinas e vielas da cidade, enquanto chove;
E enquanto o sono não vem.
Procuro nas palavras, o equilíbrio.
Sou eu agora, nua. Em teus braços.
E você não me vê.
Sigo de cabeça baixa e salto alto.
Passo entre as pessoas e os carros.
Estou na contra-mão.
Nunca pensei, embora sempre imaginasse esse fim.
Negarei teu amor,
por mim.
Em cruz
apenas para me sentir presente no mundo.
Eu procuro as chaves.
Guardo para sempre o segredo.
A cor,o desejo, a brisa leve e o frio daquela manhã.
Está tudo lá quando cerro os olhos,
ou apago a luz.
Está tudo lá.
Em cruz.
terça-feira, 8 de maio de 2012
Corredor cinza e frio
A poesia espera.
Explode os poros do corpo,
e os pêlos do braço.
A angústica entope.
Dá um nó.
Por fora ninguém percebe, e nem dá a mínima.
Por dentro o coração bate como passos em um corredor vazio, cinza e frio.
segunda-feira, 30 de abril de 2012
Sobre a tristeza
sexta-feira, 27 de abril de 2012
A lua de plutão
Mas o mundo estava em standy by desde então. Só depois das 12, e olhe lá.
lugar não se sabe onde, o gato, o cachorro, o papagaio. Isso tudo porque quando
ela nasceu passava bem distante uma lua em plutão, e por isso, a sina da mudança parecia
acompanhar-lhe todo o resto da vida.
dúvidas. Deveria mesmo seguir, e mudar tudo de novo.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Um conto de Angola
Já tinha se acostumado com essas brincadeirinhas do destino.
Como era engraçadinho, às vezes.
O coração palpitou, mas ela não hesitou, tinha decidido boiar na maré dali pra frente, e não hesitaria mais nada.
Decidiu-se.
Se não tivesse comprometido tanto seu coração, as coisas tenderiam a ser mais fáceis.
Não entendia mais nada daquela relação. Não sabia nem ao menos o que ela própria sentia. Contradizia.
Desligou, pegou a bolsa e saiu.
Com os mesmos fones e playlist tocando no ouvido. Os passos apressados a fariam esquecer qualquer vacilo.
Naquele dia ela ficou quieta num canto só ouvindo, e prestando atenção na mudança da luz com as velas, e o canto, e a capoeira angola, e aquelas sombras dos golpes refletindo na parede amarelada. O som dos atabaques a tranqüilizavam, mas aí mesmo é que ela não pensava em outra coisa, só nele.
Com tanta coisa acontecendo no mundo, e ela ali, preocupada em saber se deveria mesmo ter feito aquele convite, ou simplesmente deixado passar.
E foi numa dessas escapadas da realidade, que quase levou uma Ponteira do colega que, extremamente gentil e preocupado, perguntou se ela queria companhia pra voltar pra casa.
-Andando?
-Pode ser.
Ela sorriu.
Ele foi empurrando a bicicleta.
Um café no Jazz 00:00
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
No meio do caminho tinha um baque
Era o início da noite, tinha esperança de encontrar alguma resposta perdida nos compassos do choro, logo mais na travessa.
Estava à caminho.
E no meio do caminho tinha um baque.
O som das alfaias ecoavam na avenida afora. Sentiu seu coração bater no mesmo ritmo. Seguiu sem pensar muito, sem entender nada, e deparou-se com o baque na rua.
A energia era contagiante, e era difícil evitar. Era como se saísse de si por eternos instantes, e pudesse flutuar. E já não havia ninguém na rua, só o som tomando conta do seu corpo quente. De repente todo o suor foi transformado em chuva fina, que molhava-lhe a face, tirando-lhe todas as impurezas daquela cidade cinza.
quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012
Das paredes inóspitas do escritório vazio.
Tive uma sensação de morte. Afinal de contas, estava perdendo todo o sabor da vida dentro daquelas paredes inóspitas. Aliás tudo já estava meio inóspito. As paredes, a reforma, as pessoas. Percebi que tirando algumas ocasiões excepcionais, o trabalho extra (besta) é na verdade tempo de vida desperdiçado. Fiquei com medo de me perder dentre as vaidades gratificantes do dinheiro, me deixando levar pelas ilusões de grandeza, e esquecer o que eu realmente admiro fazer, que é curtir um ócio criativo, uma vadiagem responsável e, na miuda da malandragem, desfilar todo o meu samba, que é o que eu tenho e também pouco do que sou.
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Atropelei a mobília
Ganhei um dedo partido em dois
Mal sabia em quantas partes ainda partiria o meu peito.
Logo depois.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Então é assim.
A menina vai seguindo um caminho, achando que tá tudo sobre controle, que entre um vacilo ou outro, sempre reina a mais pura racionalidade. E de repente! Pá! Caiu no chão. Tropeçaste no próprio ego, que deixou desamarrado, sem querer (querendo). E o seu coração, que antes jurava de “pé junto” não mais a decepcionar, ri sem graça nenhuma, do seu desespero:
-Iludiu-se novamente. Parabéns!
Lá vai ela! - gritam os espertos, cheios de rancor por dentro.
Saiu com uma perna só, sem equilíbrio, as pessoas lançavam olhares discretos. Leve curtição masoquista.
Dia seguinte, tudo normal. Um pouco de ressaca. A demanda era extrema. Resolveu então deitar na praça. Acabou esquecendo por lá metade dos problemas, e talvez todas as soluções. O dia tava quente demais. Mas não doía-lhe a cabeça. Só sussurravam.
-Dessa vez sou eu que estou passando dos limites – falou sem querer alto na rua. Um senhor passou e a olhou esquisito.
Fingiu que nem era com ela. Ia fingir tudo de agora em diante.
Pensou.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Walking in the rain
Daniela Machado
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Um segundo
De repente tudo tão óbvio. Grande impacto. Ele deveria saber que essa não era a melhor maneira de me fazer entender, de me fazer calar, de me fazer de repente ter que me afastar. Logo eu, que sempre estive no mesmo lugar, ele que veio me bagunçar.
Depois disso o dia amanheceu triste, de nó na garganta. Com aquela música que parecia nunca mais sair da cabeça.
Senti os olhos marejarem no ônibus.
Era uma sensação de vazio. Não era raiva, rancor, desamor, frustação. Era apenas um nada.
Veio a correria diária, outras pessoas me deixaram mal. E no meio aos turbilhões da vida moderna, o acaso me levou ao encontro dele. E nada mais fazia sentido. Tudo tinha perdido aquela importância.
Trocamos algumas palavras, impressões e ensaios do dia. Coisas que eu poderia falar para qualquer um. E quando ele foi embora, logo depois, tudo pareceu tão comum, e fosco, e desconexo.
Senti que precisava de cuidados, queria que qualquer pessoa cuidasse de mim. Qualquer pessoa, entende? Qualquer uma.
E a sensação estranha da manhã foi se revelando. E aquele sentimento todo não me afetava mais. Ele ainda existia, só não me afetava.
Lembrei de amores passados, sentimentos deteriorados.
Quanto tempo levou pra passar?
Não sei
Sei apenas que para desistir e seguir a diante, leva um segundo.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
20 maneiras incríveis de perder tempo
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Sobre o medo
Com os pés sozinhos
viver distante é triste, é ruim
Você não precisa ter medo
guardo em mim todos os segredos
que transparecem em seu olhar
Hoje eu busco em mim as notas
Esquecidas no violão
Escuto à tarde nossa canção
Penso se foi verdade, ou não
Nem vejo passar o tempo
ou as coisas fora do lugar
procuro o caminho, pra quem sabe...
me reaproximar
e vou embora à pé
Com os pés sozinhos
Na esperança de te encontrar na contra-mão
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Desfecho.
Ela tinha que acabar com a dor antes de torná-la física.
Seu coração já sentia uns primeiros apertos quando ouvia a voz dele perto.
E ele vinha perto demais.
Ela sentia demais.
-Por quê não me beija logo?
Não mais se arriscariam.
Ele se retirou logo depois. Ela precisaria de um tempo para digerir toda aquela ternura.
Deitou-se na cama e deixou que sua cabeça fosse pra longe. Luzes e sons daquela noite movimentada. O cheiro dele permanecia no quarto vazio, à meia luz. Tudo permaneceria inerte.
E os dois intactos,
distanciavam-se.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
domingo, 31 de julho de 2011
quarta-feira, 20 de julho de 2011
terça-feira, 19 de julho de 2011
domingo, 3 de julho de 2011
sexta-feira, 1 de julho de 2011
quarta-feira, 29 de junho de 2011
domingo, 26 de junho de 2011
domingo, 3 de outubro de 2010
Como se soubesse de tudo
Ele não sabe o que fazer deste amor
Então
Cheios de espanto
Agente se abraça
E se ama a noite toda
Como se soubesse de tudo
sem querer saber de nada
terça-feira, 28 de setembro de 2010
domingo, 26 de setembro de 2010
Meu mundo de pássaro
Meu Mundo de pássaro
De galho em galho
Folhas des-folham qualquer sentido
Da cama
Do novo quarto
Com as velhas coisas
Aquelas velhas coisas
Que podiam ter ficado lá
Aquele velho sentimento
Que arde
Agora Arde
Não dói mais
E voa
Como um pássaro
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Noite de aniversário_02/03
a janela e a madrugada.
Lá fora,
as núvens passando apressadas.
Correm do vento, ou dos ponteiros do relógio?
Daniela Machado
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
Noite de aniversário_01/03
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Os Sandras
embaixo da janela,
no meio do caminho
Não páram de passar.
Em seu ronco há tanto espinho...
das paisagens,
das vertentes,
do batente e
daquela gente.
Escrevo
e deixo pra lá
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Tanto faz
Tanto faz.
Tanto faz se chove,
Tanto faz o que move,
Tanto faz se faz,
ou se deixa pra depois.
A alegria assim se faz
Nas brechas da tristeza,
No esquecimento da saudade
E caminha
Sem saber que também um dia
tanto fez feliz
que da tristeza sentiu falta
e assim novamente triste se fez
só de sacanagem.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Em tudo está
Este anoitecer, onde o dia cai.
Onde a claridade se esconde.
Esconde meu desejo
Em todas as noites
Em todos os acordes da manhã
Esconde de mim
e vive em mim.
terça-feira, 22 de junho de 2010
Ao acaso na Praça Sete
No caminho pra casa a música renascia cá dentro. De rebento, soltava aos poucos um assobio.
terça-feira, 11 de maio de 2010
enxaqueca, choque e susto
domingo, 9 de maio de 2010
A dor é uma distração constante
Voltei pro convento.
Aliás, na encomenda estava seu cartão. Fiquei puta de raiva sim. Só tem um jeito, da próxima vez mando uma carta muito mais bem escrita pra você ficar arregalado de horror. Eu me derramando por páginas sem fim e você me rabiscando um mísero bilhete atrás de um cartão. Você tem que entender uma coisa, eu estou aqui, com um ritmo na cabeça que fica falando e não me deixa dormir, então o jeito é escrever, estou completamente numa, gosto do som do teclado, o que eu posso fazer? me distrair, com todos os pingos nos ís.
terça-feira, 4 de maio de 2010
06:00
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Quelqu' um m'a dit
Ando com preguiça de escrever. Queria escrever mais puramente.
Reli hoje textos que escrevi. "Reparo". "Percebo". "Constato". Preciso me distanciar da dor, e me policiar para não mais seguir o que ainda me deixa triste.
Estou num dia errado. Teve um tempo que eu botava Billie Holiday, melancólica, miando, sempre tem alguém distante, ou triste retorno. Hoje ouvi Carla Bruni. Quelqu' um m'a dit. Mas ninguém nada me disse.
domingo, 4 de abril de 2010
Despindo-me de Clarice
Não chegaria a ser uma metamorfose, que perâmbura pela rua, apenas já não me sou mais...há tempos! Revivo a cada instante, uma nova Daniela, e assim sou feliz. Pois guardo o cerne do que me faz: o medo, o drama, o excesso de vazio, e sobretudo o avesso.
segunda-feira, 29 de março de 2010
Presumível
terça-feira, 16 de março de 2010
Para cada problema existe um poema
A vida é um paradoxo mesmo. Há umas semanas tava com um problema danado, isso porque tinha tempo demais, ócio demais, pensamentos demais rondando na cabeça. E gente demais incomodada com meu pseudo-sossego. Agora simplesmente não tenho tempo pra nada. Voltou tudo a ser desesperado como sempre foi, uma correria sem fim, um tempo que passa na velocidade da luz (calculada pelo vray partícula do 3d Máx) e mesmo assim uma coisa não mudou: o incômodo alheio.
Mas no meio disso tudo, teve muita coisa boa. Pra fugir um pouco da neurose, fico pesquisando balela na internet (com fone de ouvido porque não adianta só sentar em frente à tela, tem que se proteger). E descobri um blog da minha prima, que é muito legal! O nome dele já sugestiona: Para cada problema existe um poema! Tava lendo e percebi que a melancolia veio da parte da família da mamãe mesmo! E o talento também! Bom, fica a dica para vocês: http://paracadaproblema.wordpress.com/
Resumindo todos esses dias sem post: sinto falta de escrever mais. Todo dia penso inúmeras coisas boas pra postar, mas sempre as deixo pra amanhã. Coisas boas agente vive e extravasa no momento, porque é bom. Não precisa do gozo da escrita. A vida é desse jeito. De repente uma lágrima se transforma e letra. Mas não tão de repente mais. Demora. Mas só pra não me acharem egoísta, vai lá: Ontem enquanto eu trabalhava choveu, e apareceu um arco-íris lindo, colorindo todo centro de BH. Fiquei feliz por não ter que sair desesperada à procura do pote de ouro, e daí só admirei.
Daniela Machado