Páginas

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Minha obra fantasma

Minha obra fantasma, aqui coloco a teus pés.
Eu contente, te perdoo.
Procuro verdades no seu olhar.
Ouço prazeres mundanos nas esquinas e vielas da cidade, enquanto chove;
E enquanto o sono não vem.
Procuro nas palavras, o equilíbrio.
Sou eu agora, nua. Em teus braços.
E você não me vê.
Sigo de cabeça baixa e salto alto.
Passo entre as pessoas e os carros.
Estou na contra-mão.
Nunca pensei, embora sempre imaginasse esse fim.
Negarei teu amor,
por mim.

Em cruz

Tem horas que escrevo
apenas para me sentir presente no mundo.
Eu procuro as chaves.
Guardo para sempre o segredo.
A cor,o desejo, a brisa leve e o frio daquela manhã.
Está tudo lá quando cerro os olhos,
ou apago a luz.
Está tudo lá.
Em cruz.